Cabelos aloirados, pele branca sem jaça, para a mulher brasileira apresentava boa altura e corpo enxuto para qualquer pais. De poucas palavras mas de riso fácil, alegre, bonita de verdade, quase sem maquiagem. A simpatia nasceu naquele momento da apresentação e apesar da insistência interior para alongar a conversa , resolvi que o caminho mais curto e menos doloroso para um homem cujos raros cabelos aprsentam a neve no lugar do antigo dourado, era a formalidade do tratamento destinado a uma jovem colega que estaria colaborando comigo em alguns trabalhos.
E assim me mantive. Juntos, mas distantes. Ela , mais ainda. De poucas palavras , mas sem perder a alegria, mostrando - se feliz sem ostentação, e sempre no momento certo, semma necessidade de ostentam algumas jovens que, por saberem de sua beleza,parecer dizer zempre : " viu como sou bela e feliz?". Não tudo nela trnspira simplicidade, honestidade, e sobretudo beleza singela , calma, tranquilidade e alegria. Tudo de bom que eu quero em minha vida de homem solteiro ,vvivendo sozinho cercado de livros, vídeos, revistas, jornais, discos, tiudo esparramado pelo chão do enorme quarto.
Solitário? Solidão? Não. Para afirmar se sou feliz ou não, primeiro é preciso definiar o wque é felicidade e eu , sinceramente, não sei.Seio que é infelicidade e infeliz posso dizer que não sou.Apenas sozinho.
Já começara o trabalho , velho hábito trazido da juventude pobre , na busca do trabalho , e preso ao computador, não percebi claramente a sua chagada à nossa sala. Talvez inconscientemente. Não queria mais sofrimento, ( o que seria um não entre alguns "sim" na estrada da vida?) . Melhor, ainda assim, não arriscar; pior seria expor-me ao ridículo; meljor mesmo ficar de longe, sentindo as palpitações coronarianas, esforçar - me por esconder qualquer sentimento, ser puramente profissional,. dalar o mínimo, numa linguagem profissial, direta, sem rodeios e rapidamente.
Mas o momento chegou sem possibilidade de fuga, apenas uma torca de ideias ligadas a um determiado trabalho que faziamos em comum. Olhei-a , tavéz fixei-a demais ( pensei), será? Meu Deus, não quro que ela pense , que ela sinta que ultrapassei os limites dos meus deveres . Assalta - me a dúvida, será que demorei demais para opinar sobre determinado tema em dúvida, olheia mais do que necessário, sorri quando não devia, prendi uma resposta, demorei para responder, provoquei alguma suspeita de algum modo?
Não sei. Ao menos ela mostrou o que sempre foi e é. Fria sem ser insensível. Doce sem exibir intenção alguma. Suave sem exagero, a voz calma e tranquila de quem sabe o que quer, o que pretende, e assim busca um esclarecimento,uma opinião do colega mais velho. Em seguida retorna ao seu desktope, ao declado quase silencioso. Concentrada no trabalho, coisa que não consigo fazer.Levanto - me vou tomar um caafezinho, distrair -me, olhar a rua. Esquecer , impossível. Ao sair ouvo aquela mesma voz: vai tomr café, quer que eu pegue pra você? Não obrigado. Vou espairecer, respondo sem olhar para ela.
Será que ela sente o ar perfumado com o sentimento que transpiro e respiro? Fico com medo, medo mesmo, medo de perder a sua companhia que tanto me alegra, ( mesmo no silêncio), me dá alento, me incentiva sem nada dizer.
Sujeito ousado, velhote, abusado, como ousa ? Será que ela pensa assim? São minhas dúvidas. E há alguma certeza nesta vida além da certeza da morte?
Quardo então meus pensamentos na caixa lacrada da alma, onde cabe tudo, esforço - me para cumprir minha obrigação, atender o prazo , - fantasma do advogado - e esquecer tudo isso, esquece - la, tendo a absoluta conficação de que isto não vai acontecer jamais, seja qual for o fim desta caminhada incerta
Euripedes Brito Cunha
Salvador, outono de 2011.
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