terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

dano moral processual II


Antes de mais desejos de boas festas!! Que o pai natal seja simpático convosco e traga muita paz para esta época festiva. 

 

Continuando a minha saga pela China...O principal motivo de ir a Xian é visitar os achados arqueológicos dos guerreiros de terracota. É um exército de mais de 8000 estátuas de terracota, em tamanho natural, que foram encontrados junto ao túmulo do imperador Qin, em Xian, na China. Não há dois guerreiros iguais!! É impressionante. Todas as caras das figuras são diferentes!! A cidade de Xian revela-se também um local interessante – podemos andar de bicicleta em  cima da muralha que circunda a cidade antiga, tem zonas interessantes de comida de rua e o hostel onde ficamos é muito bonito! É uma construção antiga, com vários pátios e um restaurante/lounge muito confortável. Gosto de hostéis e este é muito agradável.   

Mais um dia de viagem entre comboio e autocarro e chegamos à vila de Xiahé. Pensávamos que era uma cidade pequena mas parece que na China não existe disso… A rua principal tem quatro faixas e há imensos prédios. Viémos em busca de um feelling do Tibete, já que existe um grande mosteiro budista e é um lugar de peregrinação. Aqui as pessoas têm uma feições mais parecidas com os mongóis do que com os chineses. Os muitos monges vestem-se com as túnicas laranja, os demais habitantes e peregrinos com uns pesados casacos de mangas compridas que, quando soltos, quase arrojam pelo chão. Da forma como nos olham percebo que nos acham tão “esquisitos” como nós os achamos a eles.

 

O lugar é uma espécie de santuário de Fátima lá do sítio. Há pessoas que fazem peregrinação desde as suas aldeias, vários dias a pé ou (como explicar?!) num ritual parecido com o início da saudação ao sol, em que se deitam no chão e levantam e a cada etapa avançam a distância equivalente à sua altura. Podem passar várias horas ou dias a fazer isto. Vimos vários a fazer este ritual à volta do mosteiro, o que demora quase um dia inteiro. Mais frequente é os budistas fazerem simplesmente peregrinação a pé à volta do mosteiro, com cerca de 3km, fazendo rodar centenas de cilindros coloridos e parando para rezar nos vários templos existentes no perímetro (uma espécie de capelas). Como começámos ao acaso, fazemos parte do percurso em sentido contrário ao “convencional” e alguns velhotes sorridentes tentam convencer-nos a inverter a marcha. As fotos são coloridas e especiais.

 

Está bastante frio e, porque não conseguimos um lugar suficientemente quente ou limpo, mudamos três vezes de alojamento. No único restaurante com aquecimento conhecemos mais uns estrangeiros e divertimo-nos com as filha dos donos, aí com dois anos, a dançar entusiasta ao som da canção “poker face”. Por mais remoto que seja o lugar há sempre sinais de “americanização”! Depois de uma breve passagem por Lanzhou, apanhamos um voo para Xangai, terra natal da Yingli. 

 

Ficamos em casa dela e desta vez a mordomia ainda e maior – além de um quarto só para mim, tenho também uma casa de banho privada e existe uma empregada que nos faz a comida.  Xangai é uma boa cidade grande – tem bons transportes, está perto do mar, tem uma zona antiga bonita com edifícios coloniais e claro, muitos arranha-ceús. Os arranha-ceus nem sempre são bonitos. Acho um muito curioso, com colunas gregas em todos os andares – fico a pensar se os desenhadores que fazem projetos para o concelho de Santarém faria melhor... Escolhemos o edifício mais alto, com a forma de abre latas, para subir. Infelizmente Xangai também tem o nevoeiro da poluição e só conseguimos ver alguma coisa à distância quando as luzes começam a acender.

 

No dia seguinte, mais uma vez recorremos ao autocarro turístico para ter uma vista mais abrangente da cidade sem cansar muito mas, porque começámos tarde, já não vamos a tempo de visitar os três pavilhões que remanesceram da Expo. A Yingli leva-nos a restaurantes simpáticos, a bairros mais escondidos e, não menos importante, a fazer massagem aos pés num centro onde são feitas só por pessoas cegas. Na China há muitos centros de massagens e aquelas feitas por cegos são considerados os melhores – têm a mão pesada mas as massagens são óptimas.
 
Feliz Natal para todos!!!! O meu vai ser passado num comboio indiano...ando a ver se encontro um bacalhau para manter a tradição mas está difícil...Emoji
 

I n ê s   C a l o r,  A r q.



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