segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

GANHEI UMA VIROLA


 

GANHEI  UMA VITROLA !

Meu indispensável amigo OLEONE  COELHO FONTES, em prefácio   a  inspirado livro de sonetos  do inesquecível poeta queimadense   NONATO  MARQUES, afirma com razão indiscutível que a  infância é a fase não longa da nossa vida. E é mesmo, jamais esquecemos nossa época infantil, nossos amigos de então , colegas da  escola, mesmo sem lembrar dos seus nomes, mas suas imagens não indeléveis em nossa memória, as brincadeiras nas ruas, ( jogos de gude, esconde-esconde, chicotinho queimado, tantas  e  tantas brincadeira ) e mesmo as brigas  são lembradas com saudades.

Há, entretanto, uns fatos que  apresentam registro mais nítidos, mais constante do que outros, como a passagem  do trem pela estação, o banho embaixo da corrente de água que que abastecia a maria fumaça para gerar o vapor que impulsionava a  máquina , o banho no Rio Itapicuru, as  histórias  de lobsomem , da caipora, todo mundo sentado nas  calçada sob branda e agradável iluminação da  lua cheia Depois íamos todos dormir com medo desses seres estranhos e amedrontadores.  No louro dia , era outro dia, já havíamos esquecido tudo. Eram novas  brincadeira, novas histórias,  novos personagens.

Nunca tive sorte para ganhar prêmios, situação que perdura até hoje.

Sucede que, numa quermesse interiorana, pelos meus cinco/seis  anos,  não me lembro bem como, ganhei uma vitrola que trazia um disco ( cócócó, cócócó, o galo tem saudade da galinha carijó...._) ouvi até dormir. No   dia  seguinte apareceu em casa um homem propondo-me trocar a vitrola por um jumento. Aceitei o negócio, dei um passeio montado e guardei o animal no quintal de casa, que era grande e tinha comida à vontade.

No dia  seguinte, logo de manhã, fui em busca do jumento para um novo passeio e , surpresa, nada. O jumento sumira .Logo pensei. Foi o homem com  quem  fiz  negócio que  o roubou. Comecei a pesquisar o seu endereço e o descobri se m grande dificuldade, até porque ele  só tinha um olho e isto o fazia bem conhecido.

Bem ele estava em casa. Fui logo avisando vim buscar  minha vitrola   e  fui logo pegando, e. retirando de cima do  móvel onde ele  a tinha posto, e sai rapidamente , antes de esperar  ou desculpa, ou pior,  uma atitude  para a retomar a vitrola e  sai correndo  com o aparelho debaixo do baço.

Pior só no dia em que, noutra quermesse, em            que participei do quebra-pote e fiquei  em baixo do pode cheio de cinzas , queimado,  moedas e um gato desesperado lá dentro. Quando alguém acertou o pote de barro, tomei u m banho de cinzas, uns arranhões do gato, outros do demais garotos atrás dos bombons, um banho de cinzas e corri para casa corando  e ainda levei uns safanões para não me meter mais em, brincadeiras de quermesses  a não ser a primeira  seguinte..., que  ninguém é de ferro...

Salvador,25 de novembro de 2013.

 

EBC

 

 


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