segunda-feira, 3 de setembro de 2012

A COPA DO BRASIL – SEMPRE APRENDENDO.


Verdadeiro e de grande utilidade prática, é o adágio que diz “a vida é um eterno aprendizado”.

Sem dúvida alguma, aprende-se a toda hora, a todo instante e aprendem-se coisas até, curiosamente, com quem nada sabe, como se aprende com os “sabidos”, e chega-se a aprender mesmo com os desonestos, ainda que neste caso, os exemplos não devam ser seguidos, desde que sejamos honestos, corretos em nosso proceder, de acordo com a boas regras da seriedade  e , particularmente  no trato com a coisa pública e, ainda mais principalmente no que tange ao erário.

Na qualidade de gestor público, devemos observar os princípios legais e éticos a fim de conservar todo o necessário respeito às leis, visando, ao menos, a consideração respeito dos nossos concidadãos.

Todavia, nem sempre é o que ocorre na realidade da administração pública, embora os administradores públicos mostrem admirável imaginação e inteligência sem par, não podem servir como paradigma para lima reta, cumpridora da lei e do direito, a vida, não oferecem “o eterno aprendizado”, pelo menos no bom sentido oferecido pelo adágio supra invocado.

Em razão deste meu sentimento quanto aos nossos gestores públicos, tristezas invadiram-me fortemente ao saber que o Brasil acolheria a Copa Mundial de Futebol em 2014 e, a seguir,  as futuras Olimpíadas Mundiais.

 Então, há de se perguntar, por que isto? Quais as razões que me conduziram a uma conclusão aparentemente tão impatriótica? Bem, alguma coisa deve existir de concreto, mesmo que não me autoproclame mentalmente saldável.. Certamente, excluindo-se a possibilidade de uma alienação mental, que não pode ficar de fora, considerando-se uma vida

inteira de luta desigual, tropeços e percalços de todos os gêneros no exercício da advocacia, algo mais deve haver, e há , sem dúvida.

E  dou as razões, sim.

Lembro-me de que há cerca de 10 (dez) anos realizou-se no Rio de Janeiro a Eco/2002, evento que  reuniu  dezenas  de Países  para discutir  a situação da ecologia no planeta terra , descobrir  seus males e oferecer as imprescindíveis  soluções.

No que resultou, em verdade, e quais as suas conclusões, quais as recomendações que foram aprovadas no certame destinadas à melhoria da vida na aterra, não sei, nunca li nada a respeito e nem mesmo comentários jornalísticos, não ouvi nem falar de alguma de alguma coisa concreta  e factível, dali  partiu, mas sei, com absoluta certeza, que o Estado brasileiro firmou diversos contratos e convênios com empresas construtoras( chamadas deempre3iteiras) para a realização de obras sem conta, todas consideradas , se não necessárias, todavia  úteis para a o alcance do objetivo da cimeira, como foi alardeado o nome daquela reunião.

Não posso dizer de pronto o que foi construído e o que ficou no, papel mas os jornais dão conta com destaque que  a maioria das edificações contratadas, ou nem tiveram inicio, ou apenas mereceram principiar e nunca foram concluídas A esta altura, cabe uma pergunta: O que foram eitos desses planos,  dessas possíveis  edificações,  existe alguma, existe uma só usável, ,ou que esteja sendo utilizada  para algum fim proveitoso para a sociedade? Certamente que não, ninguém nem sabe mais o  que foi tratado na Cimeira e mais , pouquíssimos lembram-se da Cimeira. Cimeira:? O que, quando:?,  . Perdera-se na névoa  dos tempos.

E quem se  lembra de sua  existência, ou ao menos  sabe  sobre suas consequências? E existiu mesmo alguma além da propaganda governamental ?

Imaginemos agora evento  do porte de campeonato  mundial de futebol , Olimpíadas!!!!

Evidente que não me refiro  à quantidade de pessoas que se aglomerarão nas cidades nas quais serão acolhidos os participantes e aficionados do esporte . Refiro-me à imensa quantidade de obras e construções necessárias para agasalhar os diversos jogos e atividades.

Meu Deus!!!

Mas  é aí que entra a sapiência imaginativa, das  autoridades  brasileiras que, no caso, funciona assim: Deixa-se  passar o tempo, faz-se um grande alarido em torno dos futuros festejos, buscam-se os lugares onde seriam erigidas as construções e  monumentos, fotos e mais fotos divulgadas  na imprensa, notícias na televisão e no rádio. Depois vem  um tempo silencioso.

 Passado esse interlúdio, o  assunto volta aos  noticiários já  então  polemizado, contando com  opiniões divergentes a respeito das   localizações, qualidade, tamanho  e demais interesses ligados às futuras edificações, e já agora  começando a aparecer os pretendentes às  suas realizações. É o momento em que  também aparecem os valores a serem gastos.

Segue-se  novo silêncio “meditativo”, mas vez por outra uma notícia informa quanto localização das edificações e respectivos preços, que, nas próximas notícias já estarão naturalmente mais elevados.

Novo intervalo seguido de novas informações,  já agora para divulgação de , em vista da urgência na realização das obras, não    mais tempo que se proceda aos diversos processos licitatórios, de sorte que o próprio governo escolherá as melhores empresas para fazer as construções independentemente de  licitação.

Esta é a via onde se encontra a inteligência nacional. Já que  não haverá competição ,licitatória, a chefia do governo por seus prepostos ( quiçá diretamente)  escolhe os “melhores “ e com estes firma os contratos destinados às edificações dos próximos certamente.

Se as construções serão feitas ou não, ou se obedecerão ou não, aos padrões adequados correspondentes, bem aí já é outra história. Como outra história a questão dos preços. Deixemos estas coisas para o esquecimento, a Copa está às nossas portas e logo a seguir vem as Olimpíadas e vamos nos divertir que ninguém é de ferro.

Quem manda não ser integrante do governo, quem manda não se empreiteiro? E nisso que dá: pagar a conta, mas também divertir-se.

E viva  nossa inventividade!!!!!

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