Verdadeiro e de grande utilidade
prática, é o adágio que diz “a vida é um
eterno aprendizado”.
Sem dúvida alguma, aprende-se a toda hora, a todo instante e
aprendem-se coisas até, curiosamente, com quem nada sabe, como se aprende com
os “sabidos”, e chega-se a aprender mesmo com os desonestos, ainda que neste
caso, os exemplos não devam ser seguidos, desde que sejamos honestos, corretos
em nosso proceder, de acordo com a boas regras da seriedade e , particularmente no trato com a coisa pública e, ainda mais
principalmente no que tange ao erário.
Na qualidade de gestor público, devemos observar os princípios
legais e éticos a fim de conservar todo o necessário respeito às leis, visando,
ao menos, a consideração respeito dos nossos concidadãos.
Todavia, nem sempre é o que ocorre na realidade da administração
pública, embora os administradores públicos mostrem admirável imaginação e
inteligência sem par, não podem servir como paradigma para lima reta,
cumpridora da lei e do direito, a vida, não oferecem “o eterno aprendizado”, pelo menos no bom sentido oferecido pelo
adágio supra invocado.
Em razão deste meu sentimento
quanto aos nossos gestores públicos, tristezas invadiram-me fortemente ao saber
que o Brasil acolheria a Copa Mundial de Futebol em 2014 e, a seguir, as futuras Olimpíadas Mundiais.
Então, há de se perguntar, por que isto? Quais
as razões que me conduziram a uma conclusão aparentemente tão impatriótica?
Bem, alguma coisa deve existir de concreto, mesmo que não me autoproclame
mentalmente saldável.. Certamente, excluindo-se a possibilidade de uma
alienação mental, que não pode ficar de fora, considerando-se uma vida
inteira de luta desigual,
tropeços e percalços de todos os gêneros no exercício da advocacia, algo mais
deve haver, e há , sem dúvida.
E dou as razões, sim.
Lembro-me de que há cerca de 10 (dez) anos realizou-se no Rio de
Janeiro a Eco/2002, evento que
reuniu dezenas de Países para discutir
a situação da ecologia no planeta terra , descobrir seus males e oferecer as imprescindíveis soluções.
No que resultou, em verdade, e quais as suas conclusões, quais as
recomendações que foram aprovadas no certame destinadas à melhoria da vida na
aterra, não sei, nunca li nada a respeito e nem mesmo comentários
jornalísticos, não ouvi nem falar de alguma de alguma coisa concreta e factível, dali partiu, mas sei, com absoluta certeza, que o
Estado brasileiro firmou diversos contratos e convênios com empresas construtoras(
chamadas deempre3iteiras) para a realização de obras sem conta, todas
consideradas , se não necessárias, todavia úteis para a o alcance do objetivo da cimeira,
como foi alardeado o nome daquela reunião.
Não posso dizer de pronto o que foi construído e o que ficou no,
papel mas os jornais dão conta com destaque que
a maioria das edificações contratadas, ou nem tiveram inicio, ou apenas mereceram
principiar e nunca foram concluídas A esta altura, cabe uma pergunta: O que
foram eitos desses planos, dessas
possíveis edificações, existe alguma, existe uma só usável, ,ou que
esteja sendo utilizada para algum fim
proveitoso para a sociedade? Certamente que não, ninguém nem sabe mais o que foi tratado na Cimeira e mais ,
pouquíssimos lembram-se da Cimeira. Cimeira:? O que, quando:?, . Perdera-se na névoa dos tempos.
E quem se lembra de sua existência, ou ao menos sabe sobre suas consequências? E existiu mesmo
alguma além da propaganda governamental ?
Imaginemos agora evento do
porte de campeonato mundial de futebol ,
Olimpíadas!!!!
Evidente que não me refiro à
quantidade de pessoas que se aglomerarão nas cidades nas quais serão acolhidos os
participantes e aficionados do esporte . Refiro-me à imensa quantidade de obras
e construções necessárias para agasalhar os diversos jogos e atividades.
Meu Deus!!!
Mas é aí que entra a
sapiência imaginativa, das
autoridades brasileiras que, no
caso, funciona assim: Deixa-se passar o
tempo, faz-se um grande alarido em torno dos futuros festejos, buscam-se os
lugares onde seriam erigidas as construções e
monumentos, fotos e mais fotos divulgadas na imprensa, notícias na televisão e no rádio.
Depois vem um tempo silencioso.
Passado esse interlúdio, o assunto volta aos noticiários já então
polemizado, contando com opiniões
divergentes a respeito das localizações,
qualidade, tamanho e demais interesses
ligados às futuras edificações, e já agora começando a aparecer os pretendentes às suas realizações. É o momento em que também aparecem os valores a serem gastos.
Segue-se novo silêncio
“meditativo”, mas vez por outra uma notícia informa quanto localização das
edificações e respectivos preços, que, nas próximas notícias já estarão
naturalmente mais elevados.
Novo intervalo seguido de novas informações, já agora para divulgação de , em vista da
urgência na realização das obras, não
há mais tempo que se proceda aos
diversos processos licitatórios, de sorte que o próprio governo escolherá as
melhores empresas para fazer as construções independentemente de licitação.
Esta é a via onde se encontra a inteligência nacional. Já que não haverá competição ,licitatória, a chefia
do governo por seus prepostos ( quiçá diretamente) escolhe os “melhores “ e com estes firma os
contratos destinados às edificações dos próximos certamente.
Se as construções serão feitas ou não, ou se obedecerão ou não, aos
padrões adequados correspondentes, bem aí já é outra história. Como outra
história a questão dos preços. Deixemos estas coisas para o esquecimento, a Copa
está às nossas portas e logo a seguir vem as Olimpíadas e vamos nos divertir
que ninguém é de ferro.
Quem manda não ser integrante do governo, quem manda não se
empreiteiro? E nisso que dá: pagar a conta, mas também divertir-se.
E viva nossa inventividade!!!!!
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