segunda-feira, 30 de setembro de 2013

HUMBERTO DE CA MPOS

 

Humberto de campos padecia de dois  grande males : era profundamente tímido e tristemente pobre e , para exemplificar estas duas  contingências de sua vida, colhem-se duas situações com ele ocorridas: a primeira  , ia ele de ônibus para a redação do jornal, quando o cobrador dirigiu-se a uma jovem para receber  o preço da passagem e ela lhe de  uma nota de valor bem  maior do que o valor do bilhete –   na época  um real e cincoenta centavos e quinhentos , da época, década de trinta do século XX – e  em revide  , o cobrar espumando raiva desnecessária, recusou-se a trocar o dinheiro entregue pela jovem, fazendo-o em termos grosseiros e   mesmo ofensivos. Ele, Humberto ,  mexia e remexia  a mão  no bolso onde  se encontravam exatamente , o valor da passagem mas faltou-lhe coragem  para se levantar e pagar a passassem da bela moça.

Enquanto isso, um outro passageiro levantou-se, foi ate´ o mal educado cobrador e pagou a passagem da jovem e Humberto de campos sofria com a sua mórbida timidez

Além disso, como afirmei supra, era ele paupérrimo. Ia  diariamente  ao jornal para entregar a sua crônica a ser publicada e receber o que significava o seu pão de cada dia. Situação inteiramente diversa dos países  adiantados, onde sempre os intelectuais foram prestigiados a ponto de viverem de sua produção literária.

Conto isso para  lembrar uma das figuras  maranhenses de  maior destaque  na literatura brasileira, como  jornalista , cronista, poeta, e salientar que o intelectual brasileiro  da época, não podia viver de sua produção intelectual, como ocorre hoje com diversos dos  nossos destacados escritores, a começa pelo baiano João Ubaldo Ribeiro, Veríssimo,    Jorge Amado e alguns outros, sem necessidade de buscar nas funções públicas a própria subsistência a começar pelo vulto  maior de  Machado de Assis ,Gonçalves Dias, Euclides da Cunha, para citar alguns exemplos.

Sinto que a situação parece mudar as cores para tons  mais agradáveis e a casa dia vem os despontar um autor colhendo com grande sabor,  os frutos de sua produção literária, a exemplo de Getúlio Vargas; e da trilogia ,1500 1888 e 1899, dentre outros, o que deixa os amantes  da literatura bem felizes, ,em amor ao trabalho dos autores brasileiros, independentes da colaboração estatal para alcançar o merecido sucesso. E peçamos aos poderes sobrenaturais que assim seja e continue a ser ad eternum.

 
Salvador, 30 setembro, primavera de 2013

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